A Verdadeira Luz do Natal
“Estava chegando ao mundo
a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.” (João
1.9 – NVI)
O Natal é, sem dúvidas, uma das épocas mais bonitas do ano. Por todos os lados há enfeites luminosos, pisca-piscas, decorações especiais, presépios, cantatas e muita comida deliciosa. Em minha casa já é cultural, sempre saímos nesta época para ver as decorações de Natal espalhadas na cidade, e ver as luzes que são colocadas nas praças, shoppings, parques e teatros.
Todos estes enfeites luminosos, por outro lado, nos chama a atenção ao fato que há um entendimento popular que o mundo está em
trevas, por causa da maldade e ignorância dos homens, e o sofrimento reina
sobre toda a terra. E então, principalmente nesta época do ano, as pessoas
acreditam que tudo pode mudar, como “New York Times” anos atrás afirmou em uma
das suas matérias, “o sentido do Natal é que o amor triunfará, e
conseguiremos construir um mundo de união e paz”. Em outras palavras, o surgimento das luzes do Natal aponta para uma crença que existe uma luz
interior em cada ser humano que pode dissipar a escuridão das trevas que
existem no mundo, basta nos "unirmos enquanto humanidade que conseguiremos
vencer mal e o sofrimento, fazendo do mundo um lugar melhor".
O problema dessa visão
humanista e antropocêntrica, é que ela não é real, se olharmos por alguns minutos as páginas de um
jornal qualquer, veremos notícias de violência, assassinatos, adultérios,
imoralidades, estupros, corrupção e muito mais. A Bíblia explica a causa dessas
coisas afirmando que o homem, por causa do pecado, é totalmente depravado
(corrompido, inclinado para o mal), e de seu coração corrupto que procede todos
estes males (cf. Mt 15.19-20; Rm 3.10-18). Portanto, segundo a visão bíblica
cristã, não há no interior do homem luz que o possa libertar dessa escuridão do
pecado, como muitos acreditam, mas há no interior do homem densas trevas de
escuridão e morte (cf. Rm 6.23).
Vaclav Havel, o primeiro
presidente da República Tcheca, um líder mundial influente no século 20, disse
o seguinte: “A busca de uma vida de bem-estar não ajudará a humanidade a se
salvar, nem a democracia sozinha é suficiente... Um retorno para Deus e a busca
de Deus são necessários. A raça humana se esquece a todo instante de que “não é
Deus”.
Timothy Keller afirma que
a mensagem do Natal é que “o mundo não pode salvar a si mesmo.” De fato,
para vencer as trevas que existem no mundo e no coração do homem, o próprio
Deus decidiu agir enviando o seu Filho para ser a luz do mundo. O Natal narra a
história de como Jesus Cristo, o Deus encarnado, veio até nós para derrotar as
trevas (cf. João 1.4-9). Em Isaías, em uma das profecias sobre Jesus lemos: “O
povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra
da morte, resplandeceu-lhes a luz.” E por quê? “Porque um menino nos
nasceu...” (Is 9.2 e 6a).
Apesar disso, o próprio
Jesus testificou que “que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as
trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (João 3.19), e este é o
julgamento que recai sobre eles. Por isso que João, em sua epístola afirma que ninguém
pode manter comunhão com Deus (que é luz), e continuar andando nas trevas (1
João 1.5-7). Aqui se vê a necessidade de renunciar as trevas por meio do
verdadeiro arrependimento (o que promove mudança de vida), e crer firmemente
que Jesus é a luz do mundo, e somente Ele com seu poder e maravilhosa graça,
pode dissipar as trevas e a escuridão do pecado.